É já no próximo dia 11 de junho que se realiza a próxima caminhada "à Descoberta de Gondomar", desta vez no Percurso de Midões, em Covelo e Foz do Sousa. A iniciativa, inserida no âmbito da Cidade Europeia do Desporto (CED 2017), pretende dar a conhecer o extenso e multifacetado território de Gondomar. O programa contempla sete percursos pedestres, a realizar entre 5 de março e 17 de setembro de 2017.
A participação é gratuita e a inscrição deve ser realizada no site oficial da CED 2017 em: http://ced2017.cm-gondomar.pt/a-descoberta-gondomar/.
Programa de Percursos Pedestres:
- 5 Março – Percurso das Banjas, Melres
- 9 de Abril – Percurso da Aldeia de S. Miguel ao Monte Crasto, S. Cosme
- 21 de Maio – Percurso Mineiro, S. Pedro da Cova
- 11 de junho – Percurso da Linha de Midões, Foz do Sousa
- 1 de Julho – Percurso Noturno entre Baguim do Monte e Rio Tinto
- 6 de agosto – Percurso Lomba com Vida, inserido no “Festival Peixe de Rio”, Lomba
- 17 de setembro – Percurso da Serra do Castiçal
Com uma extensão de 10 km, este percurso pretende divulgar a antiga linha férrea de transporte de carvão, entre a mina de carvão a céu aberto de Midões e o Rio Douro, mais concretamente, na foz do Rio Sousa, próximo da ponte projetada por Edgar Cardoso (a qual serviu de ensaio para a conhecida Ponte da Arrábida). A partir do antigo ancoradouro, o carvão - entre outros produtos - era enviado em barcaças, percorrendo o Rio Douro até ao Porto, onde era distribuído para consumo.
As minas de Midões exploraram carvão (antracite) entre cerca os anos de 1880 e 1932, altura em que encerraram, tendo sido mais tarde vendidas à Companhia das Minas de S. Pedro da Cova, não voltando a ser mais reabertas.
Durante o período de laboração, o carvão extraído era transportado em pequenos vagões, puxados por uma pequena locomotiva a vapor em linha férrea de bitola estreia. Depois do fecho das minas de Midões, a locomotiva foi transferida para as minas de S. Pedro da Cova, onde esteve em uso até ao ano de 1950. Foi vendida como sucata na década seguinte (anos 60).
Os carris e os vagões estiveram, durante largos anos, ao abandono, até terem sido retirados, já na década de 50, após a ponte de madeira sobre o Rio Sousa ter ruído no decorrer de uma cheia.
A linha é atravessada por mais de uma dezena de linhas de água, usadas como sistemas de partilha de água para os regadios tradicionais, e alimentava uma rede de moinhos desativados há mais de 40 anos.
Face ao legado histórico e à sua beleza paisagística, o Município de Gondomar pretende agora homologar este Percurso de Pequena Rota, requalificando assim o caminho de ferro para fins de lazer e atração turística.
Venha percorrer um caminho com história, numa das mais belas paisagens de Gondomar.
Veja as imagens da última caminhada em http://ced2017.cm-gondomar.pt/galerias-de-imagem/
